Companhia das Letrinhas

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O livro “Quem Manda Aqui?” (2015) foi desenvolvido por André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun em oficinas com crianças de 3 a 10 anos, e é, como diz seu próprio subtítulo, um livro de política para crianças. Mas se sua criança interior anda adormecida há tempos essa é uma leitura ótima para refletir sobre política independente de qual seja a sua idade.
O livro questiona diversas formas de poder, deixando-as mais complexas que o simples “quem manda e quem obedece”. Ele retrata o rei, o militar e a prefeita trazendo reflexões sobre o poder monárquico, autoritário e democrático. Também traz o poder da professora, que aprende com a aluna e da família, que por diversas formas diferentes de concepção, a mais legal é a que favorece a escuta e o diálogo. Para concluir o livro, têm-se a figura de um espelho e a narrativa “Era uma vez você”, que é “(...) alguém que às vezes manda e às vezes tem de obedecer”.
“Quem Manda Aqui?” é uma história que nos ensina a compreender que as formas que nos organizamos coletivamente são políticas e envolvem diferentes configurações de poder – e isso vale para quando estamos organizados em sociedades públicas, mas também para quando estamos organizados em núcleos privados, como em nossas famílias. É uma história que mostra que o poder pode e deve ser questionado e que o poder de decidir por um grupo de pessoas é melhor gerenciado quando todas elas são escutadas quanto às suas opiniões e escolhas. Assim, “por que algumas pessoas mandam e outras obedecem?” não é somente uma curiosidade fruto de um ímpeto cegamente desafiador de toda autoridade, mas um questionamento sociológico que nos ajuda a compreender as configurações políticas da sociedade em que vivemos.
Esta obra convida a refletir sobre a construção da legitimidade de diferentes modos de governar e de diferentes processos decisórios. Mostra, sobretudo, que a liberdade e a voz de cada indivíduo devem ser valorizadas por toda a comunidade.

 

Livro em pdf: bit.ly/LivroQuemMandaAqui

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O livro “Eleição dos Bichos” (2018), de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun, tem como objetivo explicar como funciona uma eleição. Essa explicação visa o público infantil, mas tem como pano de fundo alguns questionamentos essenciais para a política: O que é uma democracia? Qual a importância do processo eleitoral? Se vivemos em sociedade, um líder que só pensa em si mesmo é um bom líder?
A história começa com o descontentamento dos animais com o reinado do Leão. A família do Leão sempre tinha governado a floresta, seguindo a monarquia. Porém, quando o rei desvia a água do rio para fazer uma piscina particular em sua toca, os animais se revoltam. Primeiro, tentam conversar com o rei Leão a partir de uma manifestação, mas como ele não dá a mínima, eles começam a pensar sobre maneiras de escolher outro líder.
Assim, a Coruja sugere uma democracia, que escolhe seu líder a partir de uma eleição. Nas eleições, os bichos que desejam governar a floresta tornam-se candidatos, fazem suas campanhas, participam de debates, comícios e conversas. O Leão usa o slogan da tradição e reivindica sua linhagem; a Macaca coloca-se em oposição ao Leão e faz críticas diretas à sua liderança; a Cobra argumenta que já rastejou muito e conhece bem a floresta; e, por último, temos a Preguiça, que foca sua campanha em querer ouvir cada um dos bichos e defendendo uma política feita “com calma e paciência”. É interessante observar que os animais também têm vice-presidente: a vice da Preguiça, por exemplo, é a Joaninha. A diversidade de espécies nas candidaturas só não aparece na do Leão, que coloca a Leoa como sua vice – o que corrobora com seu argumento de manter o poder político nas mãos da espécie que sempre o possuiu. No dia das eleições todos os bichos se reúnem, votam em quem eles acreditam que iria governar melhor e, por maioria de votos, a Preguiça é eleita a presidenta até a próxima primavera - quando ocorrerá outra eleição.
Dessa forma, o livro aborda o processo de construção de uma democracia na qual todos são tratados com igualdade (garantida pelas regras!) e na qual o debate de opiniões é essencial para tomar decisões coletivas.

Livro em pdf: bit.ly/LivroQuemMandaAqui